A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou nesta sexta-feira o áudio da análise do Árbitro de Vídeo no lance polêmico da derrota do Palmeiras para o Bahia, nessa quarta-feira.
Aos 46 minutos do primeiro tempo, Artur chutou cruzado, Marcos Felipe deixou escapar e salvou em cima da linha. Apesar dos pedidos de gol dos jogadores palmeirenses, o árbitro Wilton Pereira Sampaio não apontou para o centro do campo e aguardou revisão do VAR para mandar o jogo seguir.
Segundo o conteúdo divulgado pela entidade máxima do futebol brasileiro, o responsável pelo árbitro de vídeo, Igor Junio Benevenuto de Oliveira (VAR-Fifa-MG), afirma que a câmera diagonal “mostra que a bola não entrou completamente”. Dessa forma, decidiu por seguir com a decisão de campo.
O profissional ainda repete: “Segue a decisão de campo, a bola não entra. As imagens mostram que a bola não entra completamente, tem uma parte dela sobre a linha ainda”.
Durante a discussão e revisão do lance, ainda é possível ouvir o Assistente de Árbitro de Vídeo 2 (AVAR2), Paulo Renato Moreira da Silva Coelho (RJ), dizer que “essa imagem não é conclusiva”. Neste caso, a escolha final continuaria sendo a definida no gramado, pelo juiz principal.
Por fim, Wilton Pereira Sampaio apenas confirma o entendimento da análise do VAR e dá prosseguimento à partida.
Abel pediu o fim das “imagens confusas”
Na coletiva de imprensa após o confronto, o técnico Abel Ferreira fez reclamações sobre a decisão da arbitragem no lance e pediu o fim das “imagens confusas” no futebol brasileiro.
“Impossível fazer uma análise fria. Fazendo uma quente: não tive tempo de ver a repetição dos lances, se a bola entrou ou não. Fizemos um jogo dentro daquilo que são os nossos números, a nossa filosofia, nosso modo de jogar. Detalhe fundamental: a eficiência na hora de fazer o gol. Na minha opinião, criamos oportunidades suficientes para fazer pelo menos um, e primeiro que o adversário. Infelizmente, não conseguimos. Ou, se conseguimos, as imagens não mostram”, apontou, na primeira resposta.
“Esperar que não haja imagens confusas para ninguém. Ter a certeza absouta que a bola entrou ou não entrou, e não tenho hoje. Já aconteceu contra o Atlético-MG (lance duvidoso de impedimento). Quem comanda, que faça como nós fazemos: aprender com os erros. Na próxima vez, quero ter uma imagem clara se a bola entrou ou não. Pelo menos, desde que estou aqui… não sei se sou eu que estou vendo mal, mas muitas das vezes é contra o Palmeiras. Queria que a Globo mostrasse outra imagem do cruzamento do Breno (Lopes, no fim do jogo), para todos nós termos a certeza das imagens. Pode ser que não tenha sido nada, mas queria ver. O VAR está aí para ajudar. Se são as câmeras da Globo que definem o VAR, que tenham uma reunião para decidir o melhor ângulo”, desabafou o treinador.


