Na visita do presidente da China, Xi Jinping, a Brasília, deverão ser assinados acordos nas áreas de finanças, infraestrutura, cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia, segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Xi e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverão anunciar, por exemplo, a abertura do mercado chinês para uvas frescas, sorgo e gergelim produzidos no Brasil.

Uma série de negociações para outros produtos — como miúdos suínos, miúdos bovinos e DDG (coproduto da fabricação de etanol a partir do milho) — estão avançadas entre Brasil e China.

No entanto, a tendência é que esses pontos sejam deixados para um segundo momento. Novos protocolos sanitários e fitossanitários também devem ficar para 2025.

Internet

O governo federal também assina acordos com a empresa chinesa SpaceSail e com a Administração Nacional de Dados da China para a condução de estudos sobre a demanda por internet via satélite no Brasil.

O principal objetivo é avaliar a viabilidade de parceria para instalação da rede em locais onde a infraestrutura de fibra óptica não chega, como em áreas rurais.

Nova Rota da Seda

Outro tema na agenda é o convite chinês para que o Brasil entre, oficialmente, na Iniciativa Cinturão e Rota, conhecida como a “nova Rota da Seda” — um megaprojeto de infraestrutura com investimentos de cerca de US$ 1 trilhão em diversos países.

O governo brasileiro não deve assinar nada ligado ao assunto, mas deve falar em sinergia com projetos relacionados ao tema.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil há 15 anos seguidos. De janeiro a outubro de 2024, o intercâmbio entre os países foi de US$ 136,3 bilhões. As exportações brasileiras alcançaram US$ 83,4 bilhões e as importações, US$ 52,9 bilhões, um superávit de US$ 30,4 bilhões.

 

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